Resolvi escrever sobre mim.
Sobre essa parte enorme de mim que sente e vive.
Enxergo flores onde só há canhões,invento entrelinhas onde não existem;
E arrumo sempre uma forma de enfeitar a vida.
Ainda não descobri se isso é bom ou ruim.
Se vale mesmo a pena idealizar as coisas e as pessoas,
e tantas e tantas vezes sobrar sozinha com a decepção no colo.
Mas sou assim.
Sou toda coração.
Coloco um fone de ouvido e mergulho no que está sendo dito.
Escrevo um milhão de textos na minha cabeça
e os deixo guardadinhos por lá mesmo.
e os deixo guardadinhos por lá mesmo.
Tem coisa que só divido comigo.
Aprendi meio na marra que eu posso - e devo - ser minha amiga.
Não que eu não tenha amigas,pelo contrário,apesar de poder contar no dedo,
sou uma pessoa rica desse tipo de gente.
Mas é que às vezes ninguém me entende.
Só eu.
Só meu coração.
É nessas horas que escrevo,ou melhor,converso comigo,
como costumo chamar o ato de escrever.
Não escrevo,desabo sobre o papel.
Conto tudo,não economizo detalhes,me livro de todas as emoções.
Só disponibilizo quando o sentimento esfria e já posso lê-lo com tranqüilidade.
E amo ouvir.
Tenho prazer em saber o que as pessoas sentem,vivem,choram.
As vezes arrisco uns conselhos,umas filosofias de vida,mas nada grave (risos).
Um dia acabo fazendo psicologia (meu sonho).
Gosto de estar rodeada de gente,contando piada,em silêncio ou tendo um assunto mais sério.
É de gente que eu gosto:de abraço,beijo,mãos dadas.
Gosto de pequenas coisas.
De pequenas surpresas,de palavras bem colocadas,de olho no olho,de jogo limpo,sentimentos claros,coisas diretas.
Gosto de surpreender,de fazer as pessoas sorrirem e terem uma boa lembrança de mim.
Porque eu não esqueço.
Se amei uma vez,amo pra sempre.
Gosto de ser assim.
Acho que por isso escrevo:porque palavras são eternas.
E eu gosto delas.
As devoro,me cubro e me exponho com elas.
Gosto de ser assim.
Intensa,dramática e sensível.
Gosto da minha mania de romantizar a vida e de enxergar arco-íris em tudo.
Ainda que nem sempre seja bom e doa uma dor indescritível...
Romantizar a vida foi o jeito que eu descobri pra não deixar de acreditar.
Nem em mim,nem na vida,nem nas pessoas.
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